14 de abril de 2014

Quem manda aqui



Preciso fazer uma reunião comigo mesma. Me levar para passear ou caminhar, mostrar a natureza aos meus olhos e os sons da vida aos meus ouvidos. Preciso sentar comigo num banco de praça, deixar o vento bater, enquanto conversamos, eu comigo e as partes de mim. Preciso fazer uma mesa redonda com meus medos, meus conflitos, meus desejos e meus pensamentos. Estão o tempo todo presentes, cheios de razão, impondo-se!  Ora me paralisam, ora me confundem; às vezes me constrangem, outras vezes me intimidam. É hora de acertar as coisas, resgatar minha liberdade, mostrar quem manda nesse território. Não quero só falar sobre eles, mas falar com eles. Quero olhar na cara dos meus medos e perguntar: "por que estão aqui?" Olhar nos olhos dos meus conflitos e determinar que eu seja livre deles. Olhar direto para os meus desejos e julgá-los, se são licitos ou não. Olhar atentamente para os meus pensamentos e questioná-los, se procedem ou não. Depois disso, então,  quero ver o que permanece, o que enfraquece e o que desaparece. No palco da minha mente, a protagonista sou eu.

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